A Morte de Tsu Ming Shu ou o fim de uma dinastia (e o começo de outra).
Quando olhou para o brilho do sabre, Tsu Ming Shu recordou todos os seus antepassados, que tiveram os destinos da Grande China nas suas mãos, nos últimos duzentos anos. Conquistaram terras ao inimigo e duplicaram o território, com jogos de diplomacia cínica que foram fermentando o ódio nos vencidos. Com os espólios dos povos conquistados construíram palácios e templos imponentes, que demonstram a grandeza e megalomania da sua família.
Agora, os ódios tinham convergido para uma revolta e, num ápice, para uma verdadeira revolução popular que lhe retirou o poder e o levou a esta situação.
Em trajes nada dignos de um imperador e com os pés agrilhoados, deitou-se de costas na tábua dura e desconfortável perante um plateia de ilustres que ansiavam por este dia há muito.
Viu o sabre ser erguido desde o chão até à posição vertical, como que tocando o céu para o levar ao inferno.
Virou a cara, na direcção oposta ao carrasco, e só ouviu este dizer, enquanto olhava para a imensa plantação de arroz: - Xau Xau!
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